A cotação atingiu um novo máximo a seguir ao anúncio de uma aquisição estratégica na fibra ótica. Mas ainda não é altura de tomar mais-valias neste título de qualidade. Manter.
A Corning decidiu adquirir a grande parte da atividade de comunicações do conglomerado americano 3M, por 900 milhões de dólares em dinheiro. O preço é razoável, pois representa menos de 7 vezes os resultados operacionais esperados para 2018 (antes de amortizações), contra uma avaliação de 8,4 vezes da própria Corning.
Esta aquisição estratégica, que se espera concluída em 2018, deve aumentar o volume de negócios em 4% e terá um impacto positivo entre 0,07 e 0,09 dólares no lucro por ação a partir de 2019. A divisão de “comunicações óticas” do grupo (gerou 17% dos lucros em 2016) está atualmente em forte crescimento com o lançamento da tecnologia de 5G (internet móvel).
As outras 4 divisões do grupo estão também em boa forma, com objetivos ambiciosos que foram fixados no início de 2017 e que serão atingidos ou ultrapassados. Os valores elevados que está a destinar à recompra de ações próprias (mais de 10% da sua capitalização de mercado cada ano, nos próximos 5 anos) sublinham a confiança da empresa no futuro, tal como o objetivo de aumentar a taxa de crescimento anual dos dividendos em mais 10% ao ano, até 2019. Subimos a nossas previsões de lucro por ação para 1,78 dólares para 2018 e 2,03 em 2019 (antes, 1,75 e 1,95, respetivamente).
Cotação à data da análise: 32,32 dólares