Os investimentos em novas tecnologias pesaram nos resultados trimestrais, mas não colocam em causa as boas perspetivas – melhorámos até a previsão de lucros.
O construtor bávaro começou 2017 a toda a velocidade, mas há que reconhecer que perdeu parte do ímpeto durante o verão. No terceiro trimestre, o número de veículos entregues só cresceu 1,2% e os resultados antes de impostos recuaram 6%, em relação ao mesmo período de 2016. Esta redução nos lucros, contudo, nada tem de alarmante e está ligada sobretudo aos investimentos na renovação da gama e nas novas tecnologias.
O trimestre foi ainda marcado pela entrada em operação de um novo local de pesquisa e inovação, dedicado a projetos e testes de condução autónoma. O construtor fixou igualmente como objetivo comercializar 25 modelos elétricos até 2025.
Estes investimentos em pesquisa e desenvolvimento na mobilidade do futuro vão afetar negativamente a rentabilidade a curto e médio prazo, enquanto o retorno não se materializa. Mas a administração está otimista para o ano em curso, prevendo um aumento do lucro tributável de 5 a 10% em relação a 2016. O que nos leva a subir (ligeiramente) as nossas previsões de lucro por ação para 11,20 euros em 2017 (antes, 11 euros) e 11,40 euros em 2018 (antes, 11,20).
O potencial de apreciação da BMW não está esgotado, pode comprar.
Cotação à data da análise: 86,07 euros