Apesar de inegáveis progressos na reestruturação, o Barclays tarda em demonstrar capacidade para crescer. A queda em bolsa é justificada, face aos resultados recentes.
Os investidores estão a penalizar a cotação do Barclays: em 2017 cai 19,8% (em euros) contra ganhos de 11% para o setor bancário europeu e mais de 5,6% para o inglês. Um subdesempenho justificado pela evolução dececionante dos resultados.
O 3º trimestre apenas veio confirmar as dificuldades em reencontrar o rumo do crescimento. As atividades ligadas aos mercados financeiros viram os resultados cair 40%, um recuo mais pronunciado que o dos grandes bancos americanos com os quais está em concorrência.
Por cada 100 libras de capital próprio, este negócio gera apenas 6 libras de lucro, comparado com 18 libras da banca de retalho no Reino Unido. É um problema, até porque o Barclays quer aumentar o investimento nesta área. Em contrapartida, a banca de retalho, apesar de ser mais rentável, não tem conseguido crescer as receitas de modo significativo.
No entanto, registaram-se bons progressos durante o trimestre. A solidez, uma preocupação de longa data, foi reforçada com a venda dos ativos em África – o risco de um aumento de capital é reduzido. O Barclays está a conseguir reduzir os custos de financiamento.
Desta forma, o banco está a ganhar margem de manobra e a conseguir os meios para atingir os seus objetivos. Manter.
Cotação à data da análise: 183,25 pence