Tal como em 2016, a publicação dos resultados do terceiro trimestre foi uma oportunidade para o grupo reduzir as expectativas. Pela nossa parte também revemos em baixa os lucros por ação de 1,35 dólares para 0,8 dólares em 2017.
Para 2018, a nova estimativa é de 1,25 dólares (antes 1,7). A evolução recente da atividade é dececionante: fortes contratempos nas atividades de infraestrutura de energia (turbinas), petróleo e gás penalizaram o lucro operacional das atividades industriais em 16%. No total, com base num volume de negócios em queda orgânica de 1%, o lucro por ação caiu 5%, apesar do aumento da compra de ações próprias. E se o dividendo se mantém, não é de excluir uma redução porque a liquidez está a escassear.
Em meados de novembro, a nova administração apresentará medidas após uma primeira auditoria estratégica abrangente. Qualquer melhoria realista tem de passar pela redução substancial das atividades em que o grupo não seja competitivo, através de vendas.
Na sua forma atual, mesmo após a alienação da atividade financeira, a GE ainda é muito complexa para gerir e pouco flexível para se adaptar. Já lá vai o tempo em que o grupo conseguia sinergias entre atividades com diferentes lógicas industriais.Manter.
Cotação à data da análise: 20,41 dólares