Na proposta anunciada na semana passada, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) propõe baixar em 0,2% as tarifas reguladas de eletricidade para 2018 e os parâmetros regulatórios para o período 2018-20 que penalizam as receitas da EDP.
Embora ainda vá ser alvo de parecer (não vinculativo) do Conselho Tarifário antes da aprovação final pela ERSE, a proposta é negativa para a EDP mas não põe em causa a solidez da atividade do grupo.
Este fator, a par da falta de interesse demonstrada pela China Three Gorjes, maior acionista da EDP com 21,35% do capital, numa eventual fusão da EDP com a espanhola Gas Natural explicam a correção do título em bolsa.
Além disso, como se previa, o Orçamento do Estado de 2018 prevê a extensão da contribuição extraordinária do setor energético, que é um imposto adicional cobrado às empresas de setor.
Embora só divulgue resultados trimestrais a 2 de novembro, a EDP já anunciou alguns dados operacionais previsionais até setembro, que são neutros.
A capacidade instalada subiu 7,8%, graças a nova capacidade eólica e hídrica, mas a produção baixou 3%, já que a falta de chuva penalizou a produção hídrica na Península Ibérica.
Já a distribuição de eletricidade aumentou 0,4% na Península Ibérica e 0,5% no Brasil, ao passo que a de gás caiu 6,9% devido à venda da espanhola Naturgas. Comprar.
Cotação à data da análise: 3,01 euros