Os resultados semestrais não desiludiram, globalmente. Mas o aumento da tributação face a 2016 impede o crescimento dos lucros, que caíram 8,3% face ao trimestre homólogo.
O volume de negócios cresceu 5,2%, com o contributo de todos os segmentos. Os resultados semestrais da Navigator vieram dentro do esperado mas revimos em alta as nossas estimativas para o 2º semestre.
Quanto à Secil, a recuperação das vendas de cimento em Portugal é uma realidade, com um crescimento homólogo de 14% até ao final de julho. O setor da construção em Portugal dá mostras de estar a acordar (aumento de 35% das novas licenças de construção no 1º trimestre de 2017, face ao mesmo período de 2016). Neste contexto, as receitas da Secil cresceram a bom ritmo (7,4%), mas dentro do que esperávamos. O crescimento forte em território nacional foi algo mitigado pelo desempenho negativo na Tunísia, Angola e Brasil.
Referência ainda para a ETSA (Ambiente), o ramo de atividade do grupo que apresentou o maior crescimento das receitas (18%) e a maior margem EBITDA (27,3%). Mas continua a ser um segmento pouco relevante: cerca de 1% das receitas e 2% do resultado líquido do grupo. As nossas estimativas são revistas em alta quase exclusivamente pela melhoria das perspetivas da Navigator. Neste contexto, esperamos agora lucros de 1,14 euros por ação para 2017, e 1,15 para 2018 (antes, 1,02 e 1 euro, respetivamente).