A REN obteve lucros de 0,10 euros por ação no primeiro semestre, um valor um pouco superior ao que esperávamos e que representa uma subida de 30,7% face a igual período de 2016.
Na base está a queda do custo médio da dívida de 3,5 para 2,6%, o que originou uma melhoria de 34% do resultado financeiro. A nível operacional, o volume de negócios cresceu ligeiramente (+0,9%), apesar da descida da remuneração da base de ativos regulados no gás natural.
Por sua vez, o lucro de exploração subiu 0,6%, beneficiando também da integração de 42,5% da chilena Electrogas cuja contribuição para os resultados foi positiva, embora diminuta.
Entretanto, a compra da EDP Gás, que é a segunda maior empresa de distribuição de gás natural em Portugal, já teve luz verde das autoridades, pelo que o previsto aumento de capital de até 250 milhões de euros para financiar parte da aquisição deverá ocorrer em breve.
A operação é positiva, permitindo uma maior integração da infraestrutura de gás natural sem comprometer a solidez financeira e a atrativa política de remuneração acionista da REN, cujo rendimento líquido do dividendo é de 4,5%.
Face aos resultados do semestre, subimos ligeiramente a estimativa de lucros por ação de 0,22 para 0,23 euros em 2017 mas mantemos a de 2018 em 0,24. Comprar!
Cotação à data da análise: 2,74 euros