Bom primeiro semestre para a Axa, que tem sólidas ambições a longo prazo. Mas, a curto prazo, está a ser prejudicada pelas baixas taxas de juro. Ainda assim, a ação está atrativa para investimento inicial.
O ambiente de baixas taxas de juro é difícil para as empresas de seguros e impactou, sem surpresa, os lucros da Axa. Mas, ainda assim, os resultados semestrais foram muito respeitáveis. O lucro operacional subiu 4% face ao período homólogo. E, coisa rara, todos os 3 segmentos de negócio apresentaram um crescimento dos resultados: seguros de vida (+4%), seguros não-vida (+6%) e gestão de ativos (+11%). Os seguros de danos para empresas e os seguros de saúde continuam dinâmicos. Portanto, solidez em alta.
O grupo continua assim a progredir no sentido de alcançar os objetivos para 2020. Mas para tal, deve mostrar-se um pouco mais agressivo na procura de motores de crescimento. A Axa está a concluir um investimento na Índia e, em 2018, poderá vender em bolsa uma parte minoritária das suas atividades nos EUA para incrementar o seu orçamento para aquisições.
Este último ascende, atualmente, a mil milhões de euros por ano. O grupo tem como prioridades os setores da saúde e empresas, e os mercados asiáticos onde os mercados de seguros estão menos desenvolvidos. As nossas estimativas de lucro por ação ficam inalteradas em 2,5 euros para 2017 e 2,6 euros para 2018. O título está barato e integra a nossa carteira de ações.