Confirmam-se as dificuldades dos gigantes da alimentação. No primeiro semestre, o crescimento orgânico do volume de negócios ficou aquém do esperado na Nestlé (+2,3%) e na Danone (+0,4%). Aliás, trata-se de níveis historicamente baixos.
Os dois grupos estão a tentar, com reduzido sucesso, aumentar os preços sem provocar uma queda do volume de vendas, particularmente na Europa e nos Estados Unidos. Paralelamente os esforços centram-se na adaptação da oferta (aquisições e vendas de atividades) e na redução dos custos, dos quais não escapam encargos com reestruturações. Só que, até agora, não se vislumbra um efeito positivo na eficiência operacional, mantendo-se igual na Nestlé e até caindo na Danone (-0,5%).
Apesar de tudo, graças a eventos excecionais, ambos os grupos conseguiram aumentar o lucro por ação no semestre: +18,8% na Nestlé (efeito fiscal não recorrente) e +9,8% na Danone (integração da WhiteWave, produtos orgânicos).