Resultados não correspondem às boas vendas num ambiente de otimismo na Europa e de expansão na Colômbia.
O grupo Jerónimo Martins apresentou os seus resultados semestrais no final de julho sem grandes novidades. O grupo alcançou um crescimento de 11,24% do volume de vendas global dos negócios em termos homólogos. Para este número contribui o facto da Jerónimo Martins viver num ambiente de otimismo na Europa quanto ao consumo, com a moeda polaca a dar uma mãozinha, ao valorizar contra o euro, e a estratégia de expansão na Colômbia (+49 lojas). Face ao período homólogo, o EBITDA cresceu 7,2%.
O resultado líquido do primeiro semestre cifrou-se nos 173 milhões de euros, mais 0,5% que no primeiro semestre de 2016. Este valor corresponde a um lucro por ação de 0,275 euros que ficou um pouco abaixo das nossas estimativas. Por um lado por causa do aumento dos custos operacionais, por outro lado pelo maior volume de impostos suportados. O grupo viu os seus custos operacionais aumentarem (+12,7%) mais do que as vendas reduzindo assim a margem. Este foi um fenómeno que já tinha sucedido no primeiro trimestre.
Assim, e tendo em conta a forte concorrência no setor, reduzimos ligeiramente as nossas estimativas do lucro por ação para 0,64 euros em 2017, e para 0,66 euros em 2018 (anteriormente 0,65 euros e 0,69 euros respetivamente). Aos níveis atuais a ação permanece cara. Recomendamos vender o título.