Os resultados do segundo trimestre ficaram um pouco abaixo do que esperávamos. Revemos ligeiramente em baixa as estimativas para 2017 e 2018, mas não alteramos o conselho: mantenha.
Nos primeiros seis meses do ano, o BCP obteve lucros por ação de 0,006 euros, um valor que ficou um pouco aquém do que esperávamos, embora represente uma forte melhoria face à perda registada em igual período do ano passado (-0,043 euros por ação). Com efeito, do primeiro para o segundo trimestre, os lucros recuaram 20,5%.
Pela positiva, destaque para a contínua progressão da margem financeira, que cresceu 4,2% do primeiro para o segundo trimestre, graças à redução do custo da remuneração dos depósitos de clientes e ao reembolso total dos CoCos ao Estado, que foi realizado em fevereiro de 2017 e que eliminou o custo dos juros elevados desta dívida.
Por sua vez, as comissões aumentaram 5,4% no mesmo período, mas os outros encargos de exploração mais que triplicaram do primeiro para o segundo trimestre, devido sobretudo ao aumento das contribuições obrigatórias para o fundo de resolução e fundo de garantia dos depósitos, cujo peso é maior no segundo trimestre. Assim, a atividade, medida pelo produto bancário, recuou 1,6% do primeiro para o segundo trimestre.
Em face dos resultados divulgados, revemos ligeiramente em baixa as estimativas para este ano de 0,015 para 0,014 euros por ação, e para 2018, de 0,023 para 0,021 euros por ação. Pode manter.