Apesar das deceções sucessivas, não recomendamos a venda. À cotação atual, o potencial de descida é baixo e, se o grupo conseguir atingir os objetivos, é de esperar uma recuperação.
No segundo trimestre, o fabricante sueco de equipamento de telecomunicações registou a quarta perda consecutiva. O volume de negócios caiu 13% no segundo trimestre. Além disso, espera agora um declínio de 5% a 9% do mercado de infraestruturas para comunicações móveis em 2017 (antes -2% a -6%).
Neste contexto, serão reforçados os cortes de custos. A Ericsson quer duplicar a margem operacional, antes de custos de restruturação, a partir de 2018 e face aos 6,2% de 2016. O grupo antecipa os efeitos benéficos da restruturação e a maior procura de equipamentos com a implantação em larga escala da internet móvel de alta velocidade 5G. Uma meta que parece demasiado ambiciosa.
Com base em projeções conservadoras, consideramos que a ação está corretamente avaliada. A Ericsson tem problemas ao nível operacional, mas não está em agonia. A situação financeira é sólida e permite realizar uma profunda restruturação sem pressa. O grupo investe em pesquisa e desenvolvimento para melhorar a qualidade dos seus produtos e serviços e manter a sua posição face aos concorrentes, também em dificuldades. Esperamos perdas por ação de 4 coroas em 2017 e lucros de 1,4 coroas em 2018, antes de um forte aumento em 2019 e 2020.