A Engie multiplica os esforços para tornar os seus resultados menos cíclicos e reencontrar-se com o crescimento. A cotação não reflete os progressos do grupo na transição energética.
A Engie reafirma a sua intenção de internacionalizar em maior grau as suas atividades de serviços de energia às empresas e aumentar a rentabilidade. Já ativa em França, na Bélgica e em Itália, os principais alvos são agora os Estados Unidos e o Brasil, tanto por via do crescimento orgânico como das aquisições.
O grupo pretende aproveitar o contexto atual em que as empresas são incitadas a reduzir o seu consumo de energia. Estratégia que traduz a vontade da Engie em tornar os resultados menos dependentes das atividades de produção e venda de eletricidade e gás. O grupo tem estado bastante ativo: no início de junho, anunciou a venda da sua participação de 10% no capital da indiana Petronet (gás).
Anunciou igualmente negociações com a Neptune Energy para alienar a sua atividade de exploração & produção de petróleo. Uma grande operação, que poderá ficar concluída no início de 2018 e que permitirá nova redução da dívida, além de tornar os resultados menos dependentes do ciclo económico.
Além disso, a Engie estuda a possibilidade de tomar uma participação na Innogy, filial cotada da alemã RWE, dedicada às energias renováveis. Os detalhes financeiros serão importantes para avaliar a operação, tendo em conta a fragilidade financeira da Innogy.