Os resultados do primeiro trimestre foram fracos e ficaram um pouco aquém do previsto mas a recuperação da economia tem estimulado a cotação, que passou a estar corretamente avaliada.
A Impresa, dona da SIC e de diversos jornais e revistas, registou prejuízos de 0,016 euros por ação, um agravamento de 12,9% face a igual período de 2016. Em causa está uma vez mais a queda de 5,3% do volume de negócios, penalizado pelo recuo das receitas de chamadas de valor acrescentado, da subscrição de canais e das vendas de produtos de marketing alternativo.
Ao invés, realce para o aumento de 2% das receitas de publicidade e de 0,4% das de circulação. Porém, as perdas operacionais agravaram-se em 0,005 euros por ação, apesar do bom controlo dos custos (-3,7%). A nível financeiro, o resultado melhorou 20,3% graças a menores perdas cambiais, à queda das taxas de juro e a menores perdas em empresas associadas.
A melhoria da conjuntura económica deverá beneficiar os resultados do grupo que, porém, serão penalizados pela suspensão de alguns canais da SIC em Angola e sobretudo pelas novas tendências do setor de media, que pressionam as receitas das empresas tradicionais. Daí a aposta do grupo no digital, no corte de custos e na redução da dívida. Em bolsa, a eventual venda da Media Capital poderá fazer da Impresa um alvo e animar assim a sua cotação.
Baixámos a previsão de lucros por ação de 0,03 para 0,02 euros em 2017 mas mantemos a de 2018 nos 0,04 euros.