As más condições climatéricas em Espanha afetaram os resultados trimestrais, que deverão melhorar ao longo do ano. A fusão no Brasil e a redução de capital são duas operações positivas. Ação correta.
O dividendo especial pago pela Gamesa, da qual a Iberdrola detém 8% após a fusão, salvou as suas contas do primeiro trimestre, apesar de o lucro ter caído 5,7%. Sem este efeito, que valeu 30% dos lucros, a queda foi de 34%, para 0,128 euros por ação. Apesar da maior procura de eletricidade em Espanha (+0,4%), a falta de chuva reduziu a produção hidráulica em 40% e obrigou a empresa a produzir a partir de fontes mais caras (gás, carvão), penalizando o negócio da geração em Espanha (-60%).
A subida da carga fiscal, o fecho da central inglesa a carvão de Longannet em 2016 e a maior concorrência no Reino Unido também afet-ram as margens, embora o grupo confie numa reviravolta dos resultados.
No Brasil, a Iberdrola acordou a fusão da Neoenergia e da Elektro (detida por si), ficando com 52,45% do novo grupo elétrico, que será o maior da América Latina. A operação é positiva graças às economias de custos previstas. Entretanto, a elétrica suprimiu 3,4% das suas ações para remunerar os acionistas, já que os lucros futuros serão distribuídos por menos títulos. Os atuais acionistas veem assim aumentar o valor da sua participação na empresa. Claro que o impacto não é significativo: segundo as nossas previsões, os lucros por ação vão aumentar de 0,45 para 0,46 euros.