Os investidores duvidam da capacidade de renovação do fabricante. Esta desconfiança parece-nos exagerada, pelo que a queda do título não se justifica. Aproveite para comprar.
Apesar da publicação de bons resultados trimestrais, o título não consegue atingir níveis muito elevados. Os investidores temem o impacto nas vendas do fabricante alemão de um eventual abrandamento no importante mercado chinês.
Nos quatro primeiros meses do ano, o grupo aumentou as suas vendas na China, em 18%. O país reforça assim o estatuto de primeiro mercado para a marca alemã, representando 25% das suas vendas mundiais. A desconfiança atual dos investidores parece-nos assim exagerada, uma vez que a BMW estima atingir vendas de 3 milhões de viaturas até 2020. É um objetivo ambicioso (implica um crescimento anual médio de 6%) mas entendemos que o grupo tem meios para o atingir.
Os recursos financeiros, bem como os investimentos (pesquisa & desenvolvimento, produção, pessoal, etc.) deverão permitir-lhe permanecer no primeiro plano das inovações tecnológicas na indústria automóvel. A estratégia comercial da marca perante os seus concorrentes (Audi, Daimler) também nos tranquiliza. Revimos as nossas previsões de lucro por ação para 10,85 euros para 2017 (contra 10,50 euros anteriormente) e 11,20 euros para 2018 (contra 10,80 euros).