Sem surpresa, o grupo teve uma pesada perda anual relacionada com a Índia, mas está otimista para o exercício atual. O reforço da posição em diversos mercados europeus começa a dar frutos.
A considerável redução do valor dos ativos na Índia, feita no primeiro semestre, penalizou os resultados de 2016/17 (encerramento a 31/03). O saldo final foi uma perda de 19,1 pence por ação. A Vodafone nunca foi capaz de rentabilizar os investimentos na Índia (11% do volume de negócios). Para lidar melhor com a concorrência local, anunciou a fusão das suas atividades com a Idea Cellular, número três do mercado, para criar um novo líder, do qual detém 45% do capital.
Excluindo a Índia, os resultados foram bastante positivos, com um aumento de 5,8% do lucro operacional de 2016/17 (em base comparável) e graças, principalmente, à redução dos custos. Depois de se reforçar nos principais mercados, como a Alemanha e a Espanha, através de aquisições que visam alargar a sua oferta de telecomunicações, a Vodafone está confiante para o exercício 2017/18.
O grupo espera um aumento entre 4% e 8% do lucro operacional (excluindo a Índia). Uma meta mais favorável do que a da maioria dos homólogos europeus. Além disso, com um aumento de 2%, à cotação atual, o dividendo oferece um rendimento bruto de 5,7%, um nível bastante atrativo e que reforça o nosso conselho de compra. Estimamos lucros por ação de 6,55 pence para 2017/18 e de 8,1 pence para 2018/19.