A comunicação dos resultados do primeiro trimestre de 2017 veio confirmar as nossas expectativas pessimistas sobre o desempenho do grupo para este ano. A ação está cara.
A Sonae Capital apresentou os resultados trimestrais com um resultado líquido negativo de 4,85 milhões de euros. Isto significa uma variação negativa de 25% face ao trimestre homólogo do ano passado. O EBITDA também variou negativamente face ao mesmo período (-62,1%) muito por efeito da falta de rendimentos provenientes das concessões rodoviárias que foram vendidas durante 2016.
A contribuir para o resultado negativo esteve também o volume de impostos que o grupo teve de suportar. As nossas expectativas, face às vendas das várias áreas de negócio confirmaram-se: a Hotelaria e Fitness a cresceram 27% e 42%, respetivamente. Por outro lado, as áreas de negócio de Troia Resort, Energia, Refrigeração & AVAC tiveram uma variação negativa.
A recente aquisição de duas unidades de energia renovável no Alentejo e uma outra unidade de cogeração de energia irão contribuir para uma recuperação do desempenho da área de energia. As previsões do grupo para as vendas em Tróia estão incorporadas nas nossas estimativas. Ainda assim, e em face do mau primeiro trimestre, reduzimos as estimativas. Prevemos agora prejuízos por ação de 0,004 e 0,001 euros em 2017 e 2018, respetivamente (contra lucros de 0,001 e 0,004 euros antes, respetivamente).