Os resultados trimestrais ficaram ligeiramente abaixo das expectativas, mas não põem em causa as perspetivas de longo prazo do grupo. O desconto na cotação é injustificado.
Os resultados do primeiro trimestre foram friamente recebidos pelos investidores. Em causa, o declínio de 9,6% nos volumes no mercado postal nacional. Este recuo maior do que o previsto é essencialmente estrutural (substituição do papel por correio eletrónico), mas também devido a pressões concorrencionais relacionadas com a abertura da rede de distribuição (custo entre 30 e 50 milhões de euros por ano até 2019).
A rentabilidade subjacente a esta atividade foi ainda mais penalizada (-20% do lucro operacional) devido à baixa de preços. Apesar disso, a administração continua otimista e confirma a sua previsão para 2017. Consideramos que o grupo tem condições para atingir os objetivos.
A transformação em fornecedor de serviços de logística na área de comércio eletrónico, que representa mais de um terço do volume de negócios, está no caminho certo. O volume de encomendas enviadas cresceu 8% e deverá continuar a aumentar graças às vendas online. Se os lucros até agora não acompanharam o aumento do volume é devido aos investimentos destinados à modernização dos centros de expedição. Estes esforços permitirão melhorar os resultados nos próximos anos. Mantemos as previsões de lucros por ação de 0,40 euros e de 0,45 euros para 2017 e 2018, respetivamente.