Face a um início de ano pouco convincente, o grupo vai acelerar o seu plano de crescimento e vender parte dos ativos norte-americanos. Mas, a Axa continua a merecer um lugar na sua carteira.
Os indicadores de atividade da Axa no primeiro trimestre ficaram um pouco abaixo do esperado, especialmente nos seguros de vida. Nada de preocupante, tendo o grupo reafirmado os objetivos do seu plano 2015-2020, nomeadamente um crescimento anual do lucro operacional entre 3 e 7%.
No entanto, a Axa sente a necessidade de acelerar a implementação do plano. Para financiar a decisão, anunciou, para o primeiro semestre de 2018, a dispersão em bolsa de uma participação minoritária das atividades de seguros-vida e de gestão de ativos (AllianceBernstein) nos Estados Unidos. Uma opção que visa, certamente, aproveitar ao máximo os frutos da reestruturação dessa atividade.
A AllianceBernstein viu-se enfraquecida pela crise financeira e perdeu clientes, apesar do excelente momento do mercado de ações e do elevado crescimento do setor de gestão de ativos (exemplo: BlackRock). Assim, a Axa substituiu toda a equipa diretiva da empresa americana.
Parte dos recursos desta venda em bolsa poderão ser entregues aos acionistas sob a forma de dividendos ou da compra de ações próprias. Uma boa notícia que compensa os resultados menos animadores do primeiro trimestre. Mantemos o conselho de compra.