Ainda não há melhoria nas perspetivas a médio prazo para os lucros da GE. Estamos agora mais prudentes para esta ação e deixamos de recomendar a compra.
Depois de, em 2016, a GE ter revisto em baixa os objetivos, havia expectativa quanto aos resultados do primeiro trimestre de 2017. Contudo, não revelaram nada de surpreendente nem de alarmante. O lucro por ação continua estável nas atividades industriais e financeiras (estas últimas limitadas àquelas que vão permanecer no grupo a médio prazo).
Assim, as metas anuais foram confirmadas, o que nos permite manter as previsões de lucro por ação para 2017 e 2018 em 1,35 e 1,70 dólares. Impulsionadas pelas turbinas (+17%) e a aviação (+9%), as atividades industriais tiveram um crescimento orgânico de 7%, enquanto a área de petróleo e gás abrandou (-9%). A fragilidade da economia global continua a impedir uma grande melhoria.
Há ainda dois sinais de preocupação no próprio grupo. Em primeiro lugar, os custos de restruturação continuam a pesar nos lucros. Em segundo, a retoma da atividade foi feita à custa da liquidez gerada, uma tendência que não é nova. A administração prometeu corrigir a situação. Vai ser uma variável para seguir nos próximos trimestres pois revelará se a GE consegue encontrar o equilíbrio certo entre o investimento e a remuneração dos acionistas. Deixamos de recomendar a compra: pode manter.