As medidas adicionais de reorganização anunciadas pelo novo diretor geral atiraram os resultados deste ano para o vermelho. Um cenário que reflete o nível da cotação atual.
Menos de três meses após a sua entrada em função, o novo diretor-geral anunciou novas medidas de reorganização. O objetivo é recuperar depois de um ano de 2016 bastante difícil (volume de negócios e rentabilidade com quedas acentuadas, perda da quota de mercado, afastamento do diretor-geral e diminuição de 73% do dividendo).
As medidas passam por concentrar esforços nos equipamentos para redes de telecomunicações, o seu core business (74% do volume de negócios), e nos objetos ligados. As atividades com perdas crónicas, como os equipamentos de media e cloud, poderão ser cedidos.
Consequência: custos significativos (restruturação, depreciações, provisões) serão contabilizados em 2017, em particular no primeiro trimestre, para um montante total que poderá atingir os 2,2 mil milhões de euros. Será suficiente para manter o grupo à tona? A direção parece confiante numa melhoria dos resultados em 2018 e numa provável duplicação da margem operacional relativamente à de 2016 (6,2%).
Um objetivo credível, na nossa opinião, com a implementação, a partir de 2019, da tecnologia 5G (Internet móvel de ultra velocidade), que sutentará a procura. Estimamos uma perda de 1,9 coroas suecas por ação em 2017 e um lucro de 2,4 coroas suecas em 2018.