O grupo voltou a dececionar os investidores. Apesar de um bom rendimento do dividendo, a falta de crescimento a médio prazo aconselha prudência. Deixamos de recomendar a compra.
Decididamente, o gigante francês dos serviços ambientais está com dificuldades para relançar a atividade. Depois de ter revisto em baixa o objetivo de crescimento para 2016 (o volume de negócios recuou 2,3%), a direção mostra-se também mais prudente para o médio prazo.
Anteriormente, estimava um lucro operacional de 3,5 mil milhões de euros até 2018, porém agora aponta para 3,3 e 3,5 mil milhões de euros até…2019. Ainda de acordo com o comunicado, 2017 será um “ano de transição”, um eufemismo para um ano difícil.
A fraca inflação pesa sobre a capacidade do grupo em aumentar os preços do tratamento de água. Ao mesmo tempo, as operações industriais nos Estados Unidos e na Austrália confrontam-se com dificuldades recorrentes.
Com o objetivo de se adaptar a uma conjuntura instável (Brexit, incertezas políticas), a Veolia avança com novas medidas de redução de custos para atingir os objetivos, mas tendo em conta o fraco crescimento orgânico e os efeitos cambiais desfavoráveis, estes esforços suplementares arriscam-se a ser insuficientes.
Reduzimos as previsões de lucro por ação para 0,80 euros para 2017 (contra 1,10 euros anteriormente) e para 1,00 euros para 2018 (antes 1,30). Mudamos o conselho para manter: não compre mais.