Por ocasião da publicação de um resultado de 2016 um pouco dececionante, o grupo anunciou um aumento de 9% do seu dividendo. Um elemento que nos faz rever o nosso conselho de vender para manter.
Afetado por uma depreciação 2,2 mil milhões de euros (0,48 euros por ação) no último trimestre, o lucro por ação limitou-se a 0,58 euros em 2016 (contra 0,71 euros em 2015).
Em termos comparáveis, o recuo é limitado a 1%. A recuperação de 29% do resultado operacional da filial americana T-Mobile US (40% do seu resultado operacional) contrasta com uma fraqueza persistente na Europa (-1,7%). Uma nova descida do lucro por ação, em termos comparáveis, é esperada em 2017, antes da recuperação em 2018.
O crescimento será fraco nos Estados Unidos, onde a concorrência dos dois poderosos líderes do setor - AT&T (manter) e Verizon (manter) - não permite veleidades (de se aproximar ou de crescer muito) ao número três do setor. Apenas uma aproximação a um outro ator como a Sprint, uma ideia que foi recentemente colocada outra vez em cima da mesa, poderá melhorar as perspetivas do grupo neste mercado.
Na Alemanha, o seu mercado principal (41% do resultado operacional), as perspetivas de crescimento também não são as mais animadoras. Uma boa notícia, no entanto, é o anúncio do aumento de 9% do dividendo para 0,6 euros por ação. Com um rendimento de 3,7% bruto à cotação atual, o grupo aproxima-se dos standards do setor. Estimamos um lucro por ação de 0,84 euros em 2017 e de 0,90 euros em 2018.