Os resultados de 2016 e a confirmação das perspetivas tranquilizam os investidores, num contexto de forte turbulência. Sob pressão, a cotação da ação permanece atrativa para um investimento a longo prazo. Compre.
A Teva enfrenta atualmente alguma falta de credibilidade (atrasos no lançamento de produtos, previsões revistas em baixa em janeiro, multa por corrupção) que pesa na cotação da ação. Outros fatores negativos: a “demissão” recente do diretor-geral e a incerteza em torno do início de comercialização dos genéricos do Copaxone (em versão 40mg), que prevemos para o início de 2018 (contra uma anterior previsão que apontava para o meio do ano de 2018).
Neste contexto, os resultados do quarto trimestre, superiores às nossas estimativas em termos comparáveis, devolvem alguma tranquilidade. Ainda que pesados custos não-recorrentes (depreciações ligadas às aquisições de Rimsa e dos genéricos da Allergan, desvalorização da divisa venezuelana…) coloquem o lucro por ação em apenas 0,07 dólares.
No entanto, as previsões para 2017 confirmam-se. A longo prazo, alguns produtos promissores (incluindo o SD-809 cuja homologação encontra-se em curso) ajudarão a colmatar a descida das receitas do Copaxone – a administração Trump deverá permitir que os medicamentos genéricos sejam lançados mais rapidamente.
Além disso, a direção da empresa planeia vender ativos não-estratégicos com o objetivo de reduzir o endividamento. Reduzimos as nossas previsões de lucro por ação de 3 para 2,1 dólares para 2017 e de 2,75 para 1,7 dólares para 2018.