Os resultados do grupo relativos a 2016 e as perspetivas avançadas para 2017 deixam a desejar. A queda da cotação não é suficiente para justificar um conselho de compra.
Em 2016, o volume de negócios cresceu 4% (excluindo os efeitos cambiais) e o lucro por ação subiu 8% (11,24 francos suíços). Um desempenho impulsionado pelos produtos - estrela Perjeta, Herceptin e Actemra mas, no entanto, ligeiramente dececionante. O dividendo proposto (8,2 francos suíços por ação) oferece um rendimento atrativo (3,5%), mas fica aquém do previsto.
Em 2017, a Roche espera um aumento dos lucros, que não excederá o do volume de negócios (+1% a +5% excluindo efeitos cambiais) devido aos investimentos em novos produtos. Até 2020, a Roche será confrontada com a concorrência de biossimilares (genéricos) de diversos produtos - estrela nos Estados Unidos. O laboratório conta com o lançamento de novos produtos para compensar eventuais perdas. Entre eles, o anticancerígeno Tecentriq viu o crescimento das vendas acelerar desde a sua homologação em outubro de 2016, ganhando quota de mercado ao concorrente Optivo da Bristol-Myers-Squibb. A Roche aguarda a homologação americana do Ocrevus (esclerose múltipla) em março (a data inicialmente prevista era dezembro 2016).
Baixámos as previsões de lucro por ação de 11,9 para 11,8 francos suíços para 2017 e de 12,3 para 12,2 francos suíços para 2018.