O grupo planeia aproveitar a subida do preço do petróleo em 2017 através do aumento dos investimentos. O objetivo é gerar liquidez para reduzir a sua dívida e criar valor para o acionista.
Ainda que a maioria das outras empresas do setor petrolífero estejam a restringir os investimentos, a Exxon Mobil vai contra a tendência e prevê aumentá-los 14% este ano, comparativamente ao valor de 2016.
Esta decisão do grupo é motivada pela recente subida do preço do petróleo que se seguiu ao acordo da OPEP no final de 2016. A Exxon pretende beneficiar desta subida, apostando que o barril de petróleo fique entre 55 e 60 dólares. Uma medida que também se enquadra na estratégia do grupo de tornar a sua carteira de ativos mais atrativa e diversificada, acrescendo valor para os acionistas. A Exxon já deu provas da vontade em seguir esta estratégia ao investir 6,6 mil milhões de dólares (a maior aquisição desde 2009) nos Estados Unidos (petróleo de xisto).
Os resultados do quarto trimestre de 2016 revelaram-se mais baixos do que os de 2015, tendo sido afetados pela depreciação de ativos no valor de 2 mil milhões de dólares. Sem esta depreciação o resultado corrente seria superior ao de 2015. Com efeito, a Exxon gerou mais liquidez, o suficiente para cobrir o dividendo (2,98 dólares em 2016) e reduzir a dívida. Prevemos um aumento do dividendo por ação para 2017 e 2018, respetivamente, de 3,05 dólares e 3,10 dólares.