As previsões da direção para 2017 são claramente dececionantes. Mas, mesmo que os desafios surgidos em 2016 persistam, a ação está a ser excessivamente penalizada.
As estimativas da direção para 2017 estão bastante abaixo das nossas, devido ao forte impacto esperado de alguns efeitos cambiais (queda do bolívar venezuelano, por exemplo) e de uma erosão dos preços nos Estados Unidos.
Além disso, uma das prioridades do laboratório será defender o Copaxone 40 mg. Ainda que não seja esperado nenhum genérico por parte da Teva (o nosso cenário implica uma concorrência nos genéricos para meio do ano de 2018), uma decisão da justiça poderá permitir a entrada destes desde o primeiro trimestre, o que implicaria uma descida do lucro por ação de 0,8 para 0,65 dólares. Mas mesmo neste caso a ação continua barata, na nossa opinião, devido à queda acentuada do título nestes últimos meses.
Além disso, as perspetivas mais fracas do que o previsto para 2017 e a prioridade dada à redução do endividamento (compra de genéricos da Allergan) deixam-nos mais prudentes relativamente ao dividendo que dev-rá permanecer inalterado em 1,36 dólares.
O mercado não apreciou as fracas previsões da Teva para 2017. Se o futuro próximo permanecer incerto, o grupo tem, a nosso ver, capacidade para recuperar. Pode comprar esta ação barata.
A este nível, o rendimento do dividendo permanece próximo de 4% e não se encontra em risco. Estimamos um lucro por ação de 2 dólares para 2016. Mas reduzimos as nossas previsões, de 3,9 para 3 dólares, em 2017. E estimamos 2,75 dólares para 2018.