Parece evidente que o acordo entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e outros produtores permitiu dar um novo alento ao crude e retirá-lo dos mínimos.
Contudo, a capacidade da OPEP para controlar a produção dos seus membros é diminuta. A recuperação da cotação do ouro negro nos últimos meses vai criar estímulos ao aumento da produção dentro da OPEP e, sobretudo, nos Estados Unidos.
É certo que a economia mundial deverá crescer um pouco mais em 2017, mas não justificará um disparo na procura. Neste contexto, uma nova subida sustentada do preço do petróleo parece improvável.
Oportunidades nas ações
Não aconselhamos o investimento direto nesta matéria-prima a curto e a médio prazo, nomeadamente, através da compra de ETF (exchange traded funds), embora sejam o produto financeiro mais adequado para seguir de perto a cotação do crude.
Ao invés, preferimos manter uma abordagem mais de longo prazo e de investimento indireto através da recomendação de empresas ligadas ao setor. Aconselhamos a compra da Chevron, Exxon Mobil, Galp Energia e Repsol.
Também no setor energético, mas mais na área do gás, recomendamos a Enagas, Gas Natural e GTT. É, no entanto, imprescindível que o investimento seja feito no âmbito de uma carteira diversificada. Não é boa estratégia manter uma exposição muito elevada a um único setor económico.