A Jerónimo Martins continua a beneficiar de um ambiente favorável ao consumo e do forte crescimento das vendas além-fronteiras. À cotação atual, a ação está cara.
O crescimento do volume de negócios no último trimestre contribuiu positivamente para a progressão das vendas do grupo em 2016 (+6,5% em termos homólogos), sobretudo nos mercados fora de Portugal.
As vendas para o ano superaram em 1% as nossas estimativas. Em relação ao volume de vendas, o Pingo Doce acaba o ano com uma variação homóloga de 4,4%, a menor do grupo em resultado da estratégia que seguiu para o mercado nacional (promoções e remodelação de lojas existentes).
O Recheio aumentou as suas vendas em 5,9%. Não existe para já qualquer notícia sobre a alteração de estratégia por parte do grupo para o próximo ano, pelo que o desempenho das vendas poderá sair prejudicado.
Na Polónia, a Bierdronka viu as suas vendas crescerem 6,3% e a Hebe 22,1% em comparação com o ano de 2015. Na Colômbia, a progressão também foi bastante positiva com uma variação homóloga forte nas vendas. Aguardamos a apresentação dos resultados consolidados no próximo dia 22 de fevereiro mas a nossa recomendação de vender esta ação mantém-se.
Após estes números, ajustámos ligeiramente a previsão do lucro por ação para 0,97 euros em 2016 (antes 0,95 euros). Para 2017 a estimativa, sem elementos não-recorrentes, mantém-se em 0,6 euros.