O lucro por ação aumentou no último trimestre, confirmando a retoma nos últimos meses. Apesar da forte recuperação da cotação, a ação está atrativa e não alteramos a recomendação.
Graças ao último trimestre de boa qualidade, o recuo na receita e no lucro por ação acabou por ser limitado a 2% e 9%, respetivamente, ao longo de 2016. O aumento de 13% do volume de negócios nas atividades estratégicas (cloud, análise de dados, mobilidade, segurança), que já representam quase 45% da receita da IBM, não compensou o declínio nas outras áreas.
Os principais investimentos realizados durante o ano (como as aquisições) pesaram sobre a margem operacional: 17,4% em 2016, contra 21,6% em 2015. Este ano deverá ser melhor com o desempenho a estabilizar. A IBM espera que o lucro por ação aumente, no mínimo, 1,5% em base comparável. Apesar de ser uma pequena subida, augura um futuro menos turbulento.
Com uma gama de serviços e software mais direcionada para as novas tecnologias digitais e mais bem adaptada às necessidades dos seus fiéis clientes, a IBM permanece líder na maioria dos seus mercados e pode suportar melhor a pressão competitiva. Financeiramente sólido, o grupo também continuará a distribuir grande parte dos lucros aos acionistas através da compra de ações próprias e de dividendos, cujo rendimento bruto é de 3,2% à cotação atual. Esperamos lucros por ação de 12 dólares, em 2017, e 12,8 dólares, em 2018.