O regresso esperado do crescimento no último trimestre de 2016 irá favorecer a recuperação da cotação. Aos níveis atuais, avaliamos a ação como barata.
Dentro de dias a IBM irá publicar os resultados anuais. E o último trimestre deverá marcar uma mudança de tendência para o grupo. Com efeito, os objetivos anunciados por ocasião da publicação das contas do terceiro trimestre deixam antever um aumento do volume de negócios no quarto trimestre, sendo o primeiro em 18 trimestres.
Um regresso ao crescimento que poderá servir de catalisador para a cotação.
O grupo está a sair de uma transição difícil. Nos últimos anos, a IBM reduziu o foco no material informático em prol dos softwares e serviços mais prometedores. Em paralelo desenvolveu a sua oferta na cloud, análise de dados, segurança e mobilidade. “Imperativos estratégicos” em crescimento acentuado que geram 40% do seu volume de negócios (em 2014 geravam 27%).
Mais bem posicionada, a IBM possui as forças para se renovar de forma duradoura com um crescimento rentável, mesmo que a médio prazo enfrente um contexto económico menos favorável.
Sólido do ponto de vista financeiro, o grupo continuará a retribuir bem os seus acionistas através da compra de ações e de um dividendo que oferece um rendimento bruto de mais de 3% à cotação atual. Estimamos lucros por ação de 12,2 dólares em 2016, de 12,7 em 2017 e de 13,3 dólares em 2018.