Mesmo aliviada da maior parte da atividade financeira, a GE é uma “máquina” demasiado pesada para movimentos súbitos. Esperamos melhorias graduais dos resultados.
No quarto trimestre de 2016, a queda de 38% no lucro por ação não é inquietante. Deve-se a uma mais-valia registada no ano anterior, relativa a alienações na área financeira, e que tornaram a comparação desfavorável. O lucro operacional das atividades industriais cresceu 6%, nomeadamente graças às infraestruturas energéticas.
Mas, antes de se considerar como terminada a reorientação estratégica do grupo para as atividades industriais, serão necessários mais esforços.
O crescimento orgânico ainda é baixo (+1% em 2016) e a rentabilidade operacional decresceu ligeiramente. Por prudência, a GE limitou a 4% o crescimento do dividendo trimestral. Esperamos que as soluções de software para a indústria e a recuperação esperada a Baker Hughes (infraestruturas de petróleo) suportem a rentabilidade a médio prazo. A direção mostra-se otimista e anunciou um crescimento orgânico entre 3% e 5% em 2017, o que nos parece difícil.
Mas o mais importante é que haja uma evolução significativa. Após um lucro por ação de 0,9 dólares em 2016 (incluindo o impacto negativo de operações descontinuadas), reduzimos um pouco as nossas previsões, para lucros por ação de 1,35 e 1,70 dólares em 2016 e 2017, respetivamente.