Ainda que o contexto não seja favorável para o setor petrolífero, a Repsol apresentou resultados mais elevados do que o previsto e reduziu a dívida. Subimos as estimativas para 2016 e 2017.
As diligências tomadas no sentido de reduzir a dívida deixam-nos descansados quanto ao bom caminho tomado pela Repsol, depois do mau momento vivido durante o segundo trimestre. Recordamos que o endividamento havia aumentado com a compra por 10,4 mil milhões de euros da Talisman Energy.
A dívida encontra-se agora claramente a diminuir, passando de 28,9% do total dos fundos próprios, no segundo trimestre, para 25,5% no decurso do terceiro trimestre, o que representa uma diminuição de 1,7 mil milhões de euros. Além disso, a Repsol realizou reduções de custos, operações de cessão de ativos e cortes nas despesas de investimento.
A liquidez gerada permitiu cobrir largamente a amortização da dívida, dos investimentos e o pagamento do dividendo. A Repsol consegue assim um bom terceiro trimestre com o resultado mais elevado do ano de 0,33 euros, ao passo que anteriormente havia sido de 0,16 euros.
As previsões do grupo são encorajadoras, com um aumento da produção e uma recuperação das margens na refinação. No que concerne aos custos, a Repsol não prevê mais reduções além das que foram realizadas em 2016. Revimos as previsões, passando de 0,63 euros para 1,2 euros por ação, em 2016, e de 0,75 euros para 1,4 euros, em 2017.