A fatura de desmantelamento do parque nuclear belga levou a um novo aumento das provisões. Contudo há capacidade de recuperação e as estimativas de longo prazo não são afetadas.
No seguimento do aviso da Comissão de Provisões Nucleares belga, o grupo energético francês Engie viu-se obrigado a aumentar as provisões para o desmantelamento de sete dos seus reatores nucleares, que a filial Electrabel explora. Trata-se de mais 1,8 mil milhões de euros, que se vão juntar aos 8,4 mil milhões de euros já registados nas suas contas.
O aumento desta fatura leva-nos a rever em baixa os lucros do grupo francês, mas tem o mérito de clarificar a situação da filial belga e assim, abrir o caminho para o seu próximo aumento de capital (uma entrada em bolsa é evocada). Adicionalmente é uma operação que permitirá manter a dívida sob controlo e, além disso, não coloca em causa o potencial de crescimento a longo prazo da Engie.
O grupo tem a experiência necessária para levar a cabo o seu plano de transformação e que lhe permitirá manter-se na linha da frente no processo de transição energética que coloca maior peso nas energias com baixas emissões de carbono e nos serviços energéticos.
Prevemos agora um lucro por ação de 2016 de 0,19 euros (incluindo as novas provisões para o desmantelamento) e de 0,95 euros em 2017 (inalterado). Compre.