Apesar do insucesso do Solanezumab, a Eli Lilly espera um crescimento médio anual de pelo menos 5% para 2015-2020. Um objetivo que pode ser alcançado graças aos novos produtos.
Os resultados clínicos do Solanezumab (doença de Alzheimer) são desfavoráveis. É um novo retrocesso na investigação depois dos insucessos em 2015 do Tanezumab (dor) e do Evacetrapib (problemas cardiovasculares). Um custo de 150 milhões de dólares será contabilizado no quarto trimestre.
Baixámos assim a nossa previsão de lucro por ação de 2,7 para 2,6 dólares para 2016. Mas mantemos a nossa previsão para 2017 de 3,3 dólares por ação (não são esperadas vendas do Solanezumab antes de 2018).
Certamente o Solanezumab deverá ter influência no retorno ao crescimento da Eli Lilly após uma travessia no deserto de muitos anos devido à perda das patentes do Zyprexa (esquizofrenia) e Cymbalta (depressão).
Contudo, convém relativizar este insucesso. Em primeiro lugar, a Eli Lilly lançou nestes dois últimos anos pelo menos seis novos produtos, que representam, no conjunto, 10% das vendas globais no terceiro trimestre: Cyramsa e Portrazza (cancro), Trulicity e Jardiance (diabetes) Talz (anteriormente Ixekizumab, psoríase) e Basaglar (medicamento biossimilar da insulina da francesa Sanofi). Em segundo lugar, o laboratório dispõe de outros trunfos na manga como o Baricitinib (artrite reumatóide) cuja homologação está em curso.