Como previsto, o resultado anual melhorou de forma considerável. As perspetivas são boas para o grupo mas, após a valorização de 70% desde o início de 2016, agora já não é de comprar esta ação.
A Applied publicou os resultados anuais de 2015/2016 (exercício encerrou no final de outubro) de acordo com as nossas estimativas. Em termos homólogos, o volume de negócios subiu 12% e o lucro por ação 48%, para 1,75 dólares. As encomendas, embora com um terceiro trimestre mais fraco, subiram 23% no ano. Estes indicadores resultaram de uma forte procura por parte dos fabricantes de semicondutores num mundo cada vez mais eletrónico e digital.
Exemplo dessa tendência, e onde o grupo continua a ganhar quota de mercado, são os equipamentos de gravação de última geração (em 10 nanómetros) e as ferramentas para fabrico de componentes eletrónicos para displays OLED utilizados cada vez mais em smartphones. A longo prazo, a Applied tem trunfos para beneficiar das perspetivas de crescimento do seu setor (tecnologia avançada, flexibilidade nos preços, fidelização de clientes, etc.).
O grupo reiterou os seus objetivos até 2019, fixados em setembro passado, com base nos resultados de 2015/16, estimando um aumento médio anual de 8% das receitas e 17% do lucro por ação. Estas estimativas parecem-nos credíveis e levam-nos a estimar um lucro por ação de 2,25 dólares em 2016/17 e 2,45 dólares em 2017/18.
Após o nosso conselho de compra em outubro de 2015, o título valorizou (em euros) 120%. Um ganho bem superior ao obtido pelo índice S&P500. Uma performance que dificilmente voltará a ocorrer. Mantenha o título em carteira.