Desde o nosso primeiro conselho de compra no final de fevereiro deste ano, a cotação da ação Solvay subiu ±30%. As perspetivas do grupo continuam positivas a longo prazo e parecem-nos, em grande parte, integradas na cotação da ação. Mantenha mas não compre mais.
Graças à aquisição da Rhodia em 2011, a Solvay tornou-se num ator importante na química aplicada ao desenvolvimento sustentável. Um movimento reforçado pela compra da Cytec no ano passado.
Mas as inquietações ligadas a esta compra onerosa e as dificuldades da sua filial Chemlogics, confrontada com condições desfavoráveis no mercado do petróleo e do gás, pesaram fortemente, no início do ano, na cotação da ação Solvay.
Esse desamor (temporário) permitiu oferecer ao acionista uma porta de entrada interessante para investir neste título de qualidade mas, geralmente, demasiado valorizado.
Acreditamos que a transformação da Solvay, que responde às necessidades atuais do setor químico, vai trazer os seus frutos a longo prazo. Esta transformação prossegue. Depois de se ter desligado da sua filial Inovyn (PVC) em julho, a Solvay prepara a venda das suas atividades não-estratégicas de acetato de celulose (Acetow) e de poliamidas.
Estimamos um lucro por ação de 4,7 euros para 2016 e de 6,8 euros para 2017, mas o nível atual da cotação da ação faz-nos adotar uma postura mais prudente. Mantenha.