A Semapa apresentou bons resultados nos primeiros nove meses de 2016, ainda que ajudados por alguns efeitos não-recorrentes. Está corretamente avaliada, mantenha em carteira.
O volume de negócios consolidado do grupo caiu 2,6%, sobretudo devido à paragem de vendas de energia à rede por parte da Navigator. No negócio do papel, as vendas de papel e pasta, contudo, atingiram novos recordes, como mencionámos na análise à Navigator.
O negócio dos Cimentos apresentou resultados mistos, com a atividade em Portugal a resistir melhor do que esperávamos mas com uma degradação mais acentuada em alguns países, nomeadamente Tunísia e Líbano.
2016 não será tão mau como receávamos inicialmente, mas as perspetivas futuras apresentadas pela empresa são pessimistas. O aumento considerável das amortizações, nomeadamente pela integração da Supremo Cimentos, acabou por pesar no resultado operacional.
Os resultados financeiros, não obstante alguns custos não recorrentes, registaram uma melhoria considerável dada a redução dos custos de financiamento. O resultado líquido beneficiou também de alguns efeitos não - recorrentes, nomeadamente libertação de provisões e reversão de impostos diferidos. Neste contexto, o lucro por ação previsto para 2016 é revisto em alta, passando para 1,15 euros por ação (antes, 1,03). Ao invés, 2017 é revisto em baixa, para 1,08 euros por ação (antes, 1,13 euros).