Os lucros desceram 5,4% por comparação com os primeiros 9 meses de 2015, em linha com o que esperávamos. A Navigator está a gerir bem o contexto difícil e a executar a sua expansão.
Nos primeiros nove meses do ano, a Navigator atingiu novos recordes de vendas de papel (em volume e em preço). No terceiro trimestre a margem EBITDA atingiu uns impressionantes 28% (contra 24% e 21% para os exercícios de 2015 e 2014, respetivamente). A pressão sobre os preços do papel e da pasta foi mais do que compensada por controlo dos custos. Neste contexto, o desempenho operacional excedeu as nossas estimativas. Contudo, a margem não deve ser sustentável a um nível tão elevado, dadas as condições de mercado.
No plano financeiro, a posição da Navigator é invejável: endividamento controlado, não obstante um aumento dos investimentos, despesa com juros em queda graças à redução dos custos de financiamento, e capacidade de gerar liquidez para suportar despesas de investimento e poder ainda assim manter um rendimento do dividendo superior a 4%. Referência também para a entrada em produção da fábrica de pellets nos EUA, ainda que o impacto nas contas de 2016 seja negligenciável.
Apesar dos bons resultados, as nossas estimativas são ajustadas muito ligeiramente em baixo dadas as condições dos mercados de papel e pasta. Esperamos 0,25 euros por ação em 2016 (antes 0,26) e 0,26 em 2017 (antes 0,28).