Os resultados do terceiro trimestre saíram em linha com o esperado. Apesar da volatilidade do preço do petróleo, as perspetivas de crescimento continuam favoráveis e a ação permanece barata.
A Galp obteve lucros de 0,12 euros por ação nos primeiros nove meses do ano, o que representa uma descida de 15% face a igual período de 2015. Excluindo o efeito muito volátil da valorização dos stocks, o lucro sobe para 0,18 euros por ação, equivalente a uma queda de 52%.
Pela positiva, realce para o forte crescimento de 44% da produção de petróleo, principalmente no Brasil que, todavia, não foi suficiente para compensar a descida do preço médio do petróleo e o recuo da margem de refinação (-40%) e das vendas de gás natural (-13%). Logo, o lucro operacional (sem o efeito stock), penalizado também pelo aumento das amortizações, desceu 31% com todas as áreas de negócio (Exploração & Produção, Refinação & Distribuição e Gás & Power) a contribuírem negativamente.
A descida dos resultados já era esperada e a Galp deverá mesmo superar a meta dos 1300 milhões de euros de EBITDA este ano. Além disso, apesar da incerteza na evolução do preço do petróleo, as perspetivas de elevado crescimento da produção nos próximos anos, sobretudo no Brasil e Angola, deverão estimular os resultados futuros.
Ainda assim, por prudência e face à recente correção do preço do petróleo, revimos em baixa as previsões de lucros por ação de 0,24 para 0,22 euros em 2016 e de 0,45 para 0,42 euros em 2017 (sem efeito stock).