Após meses de negociações, os principais partidos do país vizinho chegaram a acordo para a viabilização de um governo. Mas a missão do executivo espanhol não é invejável. Preso entre Bruxelas e um apoio minoritário no Parlamento, o novo primeiro-ministro não tem margem para tomar medidas estruturais.
A autoridade e esperança de vida do novo governo são diminutas. Ironicamente, a situação política peculiar tem sido uma boa notícia para a economia. O défice orçamental foi relegado para segundo plano e Espanha tem estado entre as economias mais dinâmicas da União Europeia.
Vale a pena investir na Espanha dada a incerteza? Consideramos que não. O mercado acionista não está caro e o crescimento económico de Espanha deve ser superior à média europeia, mas são fatores insuficientes para que as ações espanholas sejam, na sua globalidade, interessantes em termos comparativos.
Ainda assim, entre as cotadas em Madrid recomendamos a compra de cinco empresas: Enagas, Gas Natural, Mapfre, Repsol e Telefónica.