A intenção de pagamento de um dividendo atrativo e a sólida situação financeira justificam a recomendação de compra da ação, apesar de alguma erosão dos resultados da atividade.
Os resultados voltaram, genericamente, a desiludir. As receitas caíram quase 6% face ao ano anterior e ficaram 3% abaixo das nossas estimativas. A rentabilidade operacional sofreu também uma evolução negativa: 16,7% de margem EBITDA vs 18,5% em 2015, penalizado pela perda de EBITDA do correio e Banco CTT. O lucro por ação foi de 0,3081 euros, face a 0,3380 euros em 2015 e 0,33 euros por nós estimados.
Mas há dados positivos, sobretudo a recuperação da margem EBITDA no terceiro trimestre, ajudada pelos serviços financeiros (recuperação das receitas com produtos de poupança do Estado, que geraram comissões adicionais) e pela rentabilidade da área de Expresso & Encomendas, com a otimização de custos apesar das quedas dos volumes de tráfego. Os 18,5 milhões de custos de lançamento do Banco CTT incorridos até agora estão em linha com as previsões da empresa (26-30 milhões em 2016).
Apesar de ter considerado 2016 um ano desafiante, a administração dos CTT confia que irá propor um dividendo de 0,48 euros por ação (mínimo), um pouco abaixo do que esperávamos mas que representa um rendimento de 5,7% face a cotação atual. Prevemos um lucro por ação de 0,4416 euros para 2016 (0,4731 antes) e de 0,4447 euros para 2017 (0,50 antes).