De janeiro a setembro, o BCP acumulou perdas de 0,32 euros por ação, um valor pior do que nós esperávamos e para o qual já considerámos o número de títulos resultante do agrupamento de ações efetuado a 24 de outubro.
Em causa, no terceiro trimestre, na base da atividade bancária, a margem financeira diminuiu 0,7% face ao segundo trimestre deste ano. As comissões líquidas progrediram 2,8%, mas os lucros com operações financeiras caíram 82,9% face ao segundo trimestre.
Assim, a atividade medida pelo produto bancário diminuiu 11,3%. Por fim, o reforço das imparidades para crédito de 64,4% face ao período homólogo agravou os resultados, apesar de terem diminuído do segundo para o terceiro trimestre.
Para este ano estimamos prejuízos de 0,27 euros por ação. Para 2017, prevemos lucros de 0,34 euros por ação, com o BCP a beneficiar da melhoria de eficiência da sua atividade e de condições conjunturais mais favoráveis.
A Fosun quer comprar 16,7% do BCP via aumento de capital com emissão de novas ações reservadas a um preço máximo até 1,5 euros por ação. Se esse aumento ocorrer, haverá diluição da posição dos restantes acionistas, mas o encaixe ajudará o BCP a pagar já parte da dívida ao Estado de 750 ME, cujos encargos são muito elevados.