A evolução da cotação da UBS não tem estado de “vento em popa”. Grupo continua com o seu corte de custos e conta com uma forte posição na gestão de fortunas. A queda do preço é exagerada.
A multa de 14 mil milhões de dólares reivindicada pela justiça norte americana ao Deutsche Bank deixou o rumo das ações bancárias europeias sob pressão. O suíço UBS, também na mira da justiça dos EUA pela venda de títulos relacionados com bens imóveis, não é exceção. Mas o montante será menor devido à sua menor exposição. No primeiro semestre de 2016, o UBS provisionou (como reservas) 988 milhões de dólares para fazer face a uma multa. As nossas estimativas para 2017 incluem provisões de igual montante. Mas o banco não está imune a uma surpresa desagradável.
Estas provisões e outros custos de reestruturação continuam a pesar sobre os resultados. Esperamos um lucro por ação de 0,95 francos suíços para 2016 e de 1,2 para 2017, contra 1,68 em 2015.
Quando esses problemas estiverem ultrapassados, a UBS pretende pagar um dividendo mais atrativo. Este poderá ascender, no mínimo, a 1 franco suíço em 2017, contra 0,85 francos suíços em 2015 e 0,9 francos suíços esperados para 2016. Está fora de questão o UBS ser muito mais generoso, especialmente tendo em conta a pressão sobre os resultados do segmento de gestão de fortunas (menos comissões) e apesar do (bom) controlo de custos.