Os resultados semestrais tiveram uma forte queda devido sobretudo à variação bolsista da NOS. A fraca liquidez do título torna-o desinteressante, até porque, à cotação atual, está caro.
A Sonaecom obteve um lucro de 0,01 euros por ação no primeiro semestre. Este valor equivale a uma descida de 90% face a igual período de 2015 que se deve à degradação dos resultados dos negócios consolidados na íntegra (tecnologia e media) e sobretudo à descida em bolsa da NOS, que tinha registado uma valorização favorável no ano anterior.
Mas este fator de grande influência nos resultados deixou de existir desde junho quando a Sonaecom vendeu a posição direta de 2,14% que tinha na NOS. A nível operacional, graças à boa recuperação de abril a junho, o volume de negócios subiu 0,7% no semestre. Porém, a rentabilidade diminuiu, pelo que houve um agravamento dos prejuízos de exploração.
O jornal “Público” continua deficitário e na área da tecnologia, o grupo foi afetado pelo aumento dos custos comerciais. Por outro lado, a contribuição dos resultados da NOS para os da Sonaecom desceu 4,2%.
Em bolsa, o título tem subido um pouco mas continua pouco atrativo, já que tem um free-float inferior a 10%, o que lhe confere uma fraca liquidez. Dado que a venda da posição na NOS gerou uma mais-valia inferior ao que prevíamos, revimos em baixa as estimativas de lucros por ação de 0,05 para 0,03 euros em 2016. Para 2017, prevemos 0,05 euros (0,06 euros antes).