Se o sucesso dos novos medicamentos se confirmar, a Roche será capaz de compensar o impacto da entrada dos biossimilares. O potencial da ação permanece limitado, contudo.
No geral, os resultados do primeiro semestre foram sólidos. As vendas subiram 5% (excluindo efeitos cambiais) graças ao crescimento das vendas dos anticancerígenos MabThera/Rituxan e Perjeta, mas os investidores estão preocupados com a entrada dos biossimilares (genéricos de tratamentos biológicos) a partir de 2017 para concorrer com os anticancerígenos MabThera/Rituxan e Herceptin e com a pressão sobre os preços na Europa e nos Estados Unidos.
Para enfrentar esses desafios, a Roche quer introduzir oito novos medicamentos até 2018, como o Ocrevus (esclerose múltipla) e o Tecentriq (anticancerígeno). Tem também um bom posicionamento no diagnóstico, onde o objetivo é determinar os pacientes mais recetivos aos tratamentos, em particular no domínio da oncologia. No entanto, existem áreas onde os resultados da Roche não se apresentam tão positivos, como as vendas do medicamento para a asma Lebrikizumab.
Uma recuperação dos resultados é esperada em 2016, depois de 2015 ter sido penalizado pela valorização do franco suíço. Os novos produtos deverão compensar o impacto dos biossimilares. Estimamos lucros por ação de 11,3 francos suíços para 2016 e 11,9 para 2017.