A Novabase celebrou a venda da sua área de Infraestrutures & Managed Services (IMS) por 38,365 milhões à Vinci Energies. Um negócio positivo que irá reforçar a sua rentabilidade.
Apesar da reorganização que está em curso e que visa reduzir exposição a atividades menos rentáveis e a geografias com maior risco, a administração não procurava a venda de uma das suas três unidades: Business Solutions (BS), IMS e Venture Capital, pelo que esta notícia surpreendeu-nos positivamente. A área de IMS, operacionalmente autónoma da BS, é baseada em produtos de terceiros, tem margens baixas e exposição aos mercados angolano e moçambicano.
Em 2015, a IMS representou 45% do VN consolidado e 20% do EBITDA (margem EBITDA de 2,8%). Consideramos positiva esta venda, com a Novabase a sair da sua atividade menos lucrativa e a encaixar uma mais-valia nos próximos meses e tem vários efeitos: (a) a Novabase irá reduzir a sua dimensão - tudo o resto igual, perderá 45% do VN com a saída da área de IMS; mas fica com melhor rentabilidade operacional; (b) no fecho da venda será contabilizada uma mais-valia, cujo valor ainda não é conhecido mas deverá ser significativa dado que na base do IMS esteve a aquisição em 2003 de 83% da GE Capital IT Solutions Portugal por 2,5 milhões de euros.
Em relação ao destino a dar aos 38 milhões de euros, ainda nada foi comunicado/decidido pela administração, embora haja a intenção de, pelo menos uma parte, utilizar no acelerar da internacionalização da área de BS de forma orgânica e/ou via uma aquisição. Pensamos que também não será de excluir a hipótese da empresa distribuir um dividendo extraordinário pelos seus acionistas.
Pela venda de um negócio com menor rentabilidade, pelo encaixe que permitirá o investimento no reforço da atividade de BS no mercado internacional e a eventual distribuição de um dividendo extraordinário, consideramos esta operação positiva para a Novabase e reiteramos nossa recomendação de compra da ação.