Numa conjuntura económica fraca, a General Electric tem dificuldades em mover-se rapidamente, apesar da venda da área financeira. Continuamos a esperar uma melhoria em 2017.
O lucro líquido por ação atingiu 0,22 dólares no terceiro trimestre, com base num volume de negócios cujo crescimento orgânico foi de apenas 1%, pelo que a GE ficou aquém das nossas expectativas.
Nesta base, as melhorias esperadas para o segundo semestre não serão atingidas. As encomendas recuaram 6% e o grupo reviu em baixa a meta de crescimento anual da atividade para o intervalo 0% a 2% (2% a 4% anteriormente).
O grupo sofre com uma conjuntura económica global difícil e, em particular, com a redução do investimento no setor petrolífero. Adicionalmente, enquanto renuncia à maior parte da sua atividade financeira, reforça a exposição à infraestrutura petrolífera de forma inadequada, ou pelo menos, precipitada, pagando um preço muito alto: no terceiro trimestre, as receitas desta área de negócio caíram 25%.
Revimos em baixa as estimativas para o lucro por ação em 2016 para 0,9 dólares (1,0 dólares antes), refletindo a venda em curso das atividades financeiras, mas mantemos a previsão de 1,6 dólares por ação para 2017.
A GE deverá dar sinais de melhorias, tanto em termos de crescimento como de rentabilidade. Até lá, os bons dividendos e a compra de ações próprias ajudam os investidores a serem pacientes. Mantemos o nosso conselho de compra.
Cotação à data da análise: 28,63 dólares