A Pharol teve prejuízos inferiores ao esperado e a Oi já apresentou o seu plano de recuperação. Porém, o futuro continua muito incerto e a hipótese de falência não está afastada. Não especule e venda.
Após as perdas de 0,08 euros por ação no primeiro trimestre, a Pharol obteve lucros de 0,07 euros no segundo graças à subida da cotação da Oi em bolsa, um fator muito volátil e decisivo nos resultados da Pharol.
No semestre, o grupo teve perdas de 0,01 euros por ação, uma melhoria de 42% face a igual período de 2015. Pela positiva, realce para a redução de 64% dos custos operacionais da Pharol, que não tem receitas próprias.
No plano financeiro, o resultado manteve-se estável graças à subida da cotação da Oi. Porém, o resultado da operadora brasileira piorou e o valor da opção de compra, que depende da recuperação da dívida da Rio Forte, diminuiu.
A Oi já divulgou o seu plano de recuperação que prevê a conversão de dívida em capital, o que provocaria uma forte diluição da posição dos atuais acionistas, e um período de carência de 11 anos para pagamento da restante dívida. O plano terá agora de ser aprovado pelos credores e, se não houver acordo, a empresa poderá ser liquidada. Outra hipótese que se especula é a do eventual interesse da América Móvil (concorrente da Oi) na aquisição da empresa.
A volatilidade bolsista da Oi e dos seus resultados tornam quase imprevisíveis os resultados da Pharol mas subimos as previsões de perdas por ação para -0,11 euros em 2016 e -0,24 euros em 2017.